Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás 2º vol.

dei a conhecer, (pag. 287 do I vol.) e que forma um ângulo com a Serra do S. Francisco e da Paranaíba.

A casa do registro, situada quase na junção das duas cadeias, é bastante grande e não tem mais de um andar: compõe-se, à maneira brasileira, de uma parte principal, e duas alas curtas, entre as quaie há uma espécie de galeria (varanda), que é coberta pelo teto prolongado do corpo principal (1)Nota do Autor. Defronte dessa casa vê-se um rancho bastante vasto e aberto por todos os lados, como os da estrada de Rio de Janeiro a Minas; é aí que os viajantes e as caravanas encontram abrigo.

O pessoal do registro se compõe unicamente (1819) de um comandante, que tem o posto de alferes, e um soldado, pertencentes ambos à companhia de dragões, de um pedestre (v. pg. 315 do I vol.) e de um funcionário civil (fiel). Os que vêm do Rio de Janeiro com mercadorias tomam um passe no Registro de Mathias Barbosa (2)Nota do Autor e apresentam-no aqui; pesam-se os volumes para saber se nada foi desviado, e os direitos se pagam em Vila Boa ou outro qualquer lugar da província. Para se assegurarem de que os viajantes não transportam consigo diamantes e ouro em pó, examinam-nos igualmente no Registro dos Arrependidos; formalidade absurda, pois que os contrabandistas com a maior facilidade conseguiriam escapar dando alguns passos à direita ou à esquerda do edifício da aduanua. As mercadorias provenientes do Rio de Janeiro com destino a Minas, e que, por qualquer circunstância, são enviadas posteriormente desta última província para Goiás, pagam direitos no Registro dos Arrependidos como se ainda os não tivessem pago ao entrar em Minas.

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