regiões, e é neles que vamos encontrar os primeiros informes sobre nossa Natureza, com observações sensatas e esdrúxulas fantasias tão ao gosto da época, que por mentirosos eram tidos os que a estas se opunham(6). Nota do Autor

Vejamos, portanto, a evolução dos estudos biológicos no século XVI: como se foram fixando os conhecimentos sobre o homem, as plantas, os animais, e como esses modestos cronistas ou impertinentes aventureiros trataram de nossa gente, de nossa fauna, de nossa flora, alguns, é certo, fazendo História Natural como Mr. Jourdain dizia prosa.

Nesse 1500 do descobrimento a botânica estava ainda mais atrasada que a zoologia, sendo seu conhecimento meramente suplementar à farmacologia. A obra de Teofrasto, com suas "especulações abstratas e infrutíferas" continuava como padrão, e fora dela lia-se apenas o livro de Dioscórides sobre os usos e proveitos dos vegetais.

Uma compilação dos trabalhos de Aristóteles e Teofrasto, acrescidos de lendas e absurdos, aparece em Piamo e com modificações sensatas ou infelizes, constituem os conhecimentos que lega a Idade Média: o Physiologus, a Física do monge Hudegard, o De naturis rerum de Tomás Cantimpratensis