tarde com a de seus mestres. Mas foram as lutas políticas alemãs que o trouxeram para nossas plagas, para onde partiu em companhia da esposa, dois filhos e do irmão Augusto, a 17 de maio de 1852. Chegam a S. Francisco do Sul a 17 de julho, e a 21 de agosto estão na colônia fundada por Herman Blumenau e onde só havia 12 famílias.
De sua instalação no Brasil escreve Roquette Pinto: "A liberdade com que sonhava Fritz Mueller foi assim alcançada, nas clareiras das matas que o seu próprio terçado derrubava".
Viveu Fritz Mueller 11 anos em Desterro e 34 em Itajaí. Por muitos anos foi naturalista-viajante do Museu Nacional, cargo do qual se demitiu em 5 de julho de 1891 "por não poder mudar a sua residência para o Rio de Janeiro".
"Cercado pela veneração dos sábios do Mundo", diz Roquette Pinto, "depois das atribulações passadas durante a guerra civil de 1893, recebeu Fritz Mueller, a 14 de dezembro de 1894, em comemoração do seu doutorado na Universidade de Berlim, uma honrosa mensagem do seu Colégio de Professores. A 21 de maio de 1897 morria, em Blumenau, o naturalista que Darwin chamou Príncipe dos Observadores e nós consideramos genial dignificador da Espécie Humana".
Fritz Mueller, em muitos pontos, foi o contraste de Darwin mas em relação ao Brasil estiveram ambos irmanados: uma grande e embevecida admiração por nossa Natureza, um completo desprezo pela nossa gente. Darwin dá "graças a Deus de não ter que voltar a visitar um país de escravos" e Fritz Mueller deseja que a imigração alemã no sul do Brasil "se torne o poder dominante