Como é fácil de prever, depois do que deixamos exposto, tornou-se definida nossa posição de franca hostilidade ao Presidente da República, o que aliás procuramos, empregando não pequenos esforços, evitar.
Aberto o Congresso Constituinte no dia 15 de novembro de 1891, o congressista Dr. Ubaldino do Amaral, logo em uma de suas primeiras sessões preparatórias (a do dia 18), apresentou a seguinte moção:
"O Congresso Nacional, à vista da mensagem com que o chefe do governo Provisório entrega os destinos da nação e considerando que é de urgente necessidade dar consagração legal ao Poder Executivo, resolve apelar para o governo atual a fim de que, por seu patriotismo, se mantenha na direção dos negócios públicos aguardando a Constituição que deve ser votada e a organização do governo definitivo".
Ora, por esta moção o Congresso não só aprovava todos os atos do Governo Provisório, como o mantinha na direção dos negócios públicos, até ser votada a Constituição e organizado o governo definitivo, com todos os poderes ditatoriais de que ele dispunha até ali, uma vez que a moção não especificava nem restringia esses poderes.
É claro, pois, não podíamos, nem devíamos dar nosso voto a essa moção de confiança e apoio a um governo, cuja orientação política, econômica e financeira reprovamos "in limine", desde seu início, e com a circunstância agravante de achar-se seu chefe dominado por uma camarilha que cada vez mais comprometia os sagrados e vitais interesses da nação.
Estava travada a luta e em oposição franca, decidida e enérgica ao governo do ditador, combatemos a moção que, demais, considerávamos pouco digna do Congresso.