Descrição dos rios Parnaíba e Gurupi

separam as águas dos confluentes, umas das outras. Em muitos lugares acabam a chapada e suas ramificações em despenhadeiros íngremes e formam neste caso serras para o lado de baixo; em outros lugares perdem-se elas em declives mais ou menos suaves, que conservam o caráter de chapada. No lugar das cabeceiras do Parnaíba dá-se o primeiro destes casos, e a serra da Tabatinga é um talhado a pique e inacessível, pelo menos em toda a extensão em que eu a vi entre as cabeceiras do Gurgueia e as do Riozinho. Ela tem pouco mais ou menos 880 metros de altura sobre o nível do mar e 400 metros de altura sobre as chapadas que rodeiam seu pé. Estas últimas não formam planícies, mas ondulações com altos e baixos, ainda que pouco importantes. Nas cabeceiras de uma destas baixas, bem ao pé do talhado da serra em terreno enxuto, coberto em parte de pedregulho e pedras soltas, com um mato rasteiro e muito trançado (carrasco) nasce o Parnaíba de dous olhos d'água. Parece que fui o primeiro que penetrou até esse lugar, que é de um acesso bastante difícil por causa do mencionado carrasco, que se apresentou tão fechado, que me foi preciso atravessar o último pedaço descalço

Descrição dos rios Parnaíba e Gurupi - Página 32 - Thumb Visualização
Formato
Texto