um autor, "que a vista mais acurada dificilmente distingue o animal dos objetos que o cercam". É o animal que se modifica, ou que procura o meio parecido, no qual vem achar a paz com a dissimulação? Como os iguais se buscam, (qui s'assemble se ressemble, diz o ditado) os parecidos se comprazem, e a vantagem mantém um mimetismo, mais fácil de compreender assim, do que arranjar um finalismo intelectual, que só existe na cabeça do zoólogo irrefletido...
A associação, pela simbiose, de que é exemplo a firma comercial — líquen —, alga & cogumelo; ou pelo mútuo parasitismo, exemplo os micróbios que nos parasitam, na boca e no estômago, e digerem para si, e para nós, nossos alimentos; ou o parasitismo desonesto, o mais geral, em que um frauda o outro, como os mesmos micróbios infectuosos, e as plantas parasitas, cuscutas, ervas de passarinho, etc., — são expressões "sociais" para a sobrevivência. O comensalismo ou associação igualmente útil dos parceiros, até animal e vegetal, é forma superior de simbiose. Fritz Müller, aqui, citou o caso da Cecropia, imbaúba, cujo suco nutre formigas astecas, que a defendem, de outras formigas predadoras. (Cuidado, aqui também, com o finalismo... A imbaúba é passiva... A asteca defende seu bem, sua fazenda, contra as