Clima e saúde - Introdução biogeográfica à civilização brasileira

contra o qual só a previdência, pela providência, poderia amparar.

Essa água porém não é aproveitada, como devera, ou pela precipitação torrencial, catastrófica, ou pela derivação lenta e consumo imediato da vegetação e do homem. A açudagem, preliminar ao reflorestamento, é a correção devida a esse castigo da natureza, à loucura dos homens, que o flagelo, de longe, prepararam...

Custamos a nos convencer disso. Felizmente, em 1911, Eloy de Sousa apresentou à Câmara projeto que compendiava as soluções necessárias ao problema. Era a irrigação agrícola, que a grande açudagem permitiria. O Estado construiria açudes, para coletar água, a distribuir, na estiagem. A produção pagaria, dada a fertilidade do solo, esse custo, em anos não muito dilatados, permitindo essas obras públicas uma educação, que seria definitiva, contra o flagelo, de outro modo calamidade pública, então reduzida ao mínimo, nos seus efeitos pela previdência, assim imposta. Depois da grande açudagem, a pequena açudagem. As estradas, comunicantes, para o socorro pronto, em caso de necessidade.

Foi o plano que vingou, de Arrojado Lisboa, chamado pelo Presidente Epitácio Pessoa, a resolver o problema do Nordeste. Em dezembro de 1919, o Congresso votava a lei definitiva

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