sofremos por longa incapacidade de resolver... E nem era nossa apenas, as Índias, os Estados Unidos, o norte d'África, nos davam situações semelhantes estudadas e resolvidas, ou se resolvendo. Por fim, cansamos de maldizer e começamos a trabalhar.
O problema do Nordeste é uma grande lição nacional, que convém não deixar sem comentário. Em princípio foi, como é de nossa índole, a depredação da floresta, para extrair espécies, para fazer roças precárias, pastos efêmeros, para nada, pela fúria de derribar e de queimar. Veio a consequência infalível: o solo desabrigado, a seca pela água não retida, acrescentada à seca pela água não caída, e a fome, o êxodo, o contágio dos retirantes, imolados pela própria incúria acrescentada ao crime cego dos antepassados. É então que o Nordeste se transporta à Amazônia, e a fúria, destruidora malgrado do paludismo, do "inferno verde", (Alberto Rangel), do trabalho para a escravidão (Euclides da Cunha), abate seringueiras, e faz o prestígio efêmero de nossa borracha, logo suplantada pela cultura, na Malásia, em Ceilão... Tornam os nordestinos ao lar. Com a penúria da terra, o castigo dos homens: o cangaço, o banditismo. Sem Deus, nem lei...