"Le climat fait souvent les diverses humeurs". La Bruyère, do mesmo modo: "Parece que a gente depende dos lugares para o espírito, o humor, a paixão, o gosto, os sentimentos." É de Corneille:
"J'ose dire, seigneur, que par tout les climats
Ne sont pas bian reçu toutes sortes d'états".
Montesquieu pôde vir, dando à sociologia (a coisa antes do nome), base mesológica: costumes, jurisprudência, são imposições climáticas, "o espírito das leis". Rousseau viu, nos países quentes, tendências ao despotismo (o contrário de Aristóteles: "os habitantes das regiões frias são corajosos e feitos para o despotismo e a escravidão"... é só escolher...) Nesse caminho não há detença: até as religiões... Edmond About viu que elas são cruéis nos países áridos e sujeitos a cataclismos: suaves, entretanto, no dizer de Raynal, nos países amenos. A ideia de um Deus — espírito, Jeová, Cristo ou Alá, nasceu no deserto. Porque o deserto, assevera Renan, é monoteísta... Para Taine — arte, ciência, literatura, tudo é determinado, como o "vitríolo e o açúcar", pelo meio e suas variações, no tempo e no espaço, a raça e o momento.