às da nossa campainha; e enfim, uma mirtácea notável pelo tamanho das flores, pelo cálice que se abre como um opérculo, e pelo gosto das flores que lembra o do cravo da Índia (calyptranthes aromatica, Aug. de S.Hil.).
Não se pode deixar de admirar também um pequeno arbusto copado que cresce entre as pedras do próprio leito do regato, e que pertence à família das rubiáceas. A folhagem é de um verde luzente, seus ramos expandidos se estendem por cima da água, e se terminam por uma espécie de umbela composta de longas corolas de um vermelho tão belo como o das flores da romeira.
Além do ribeirão do Itú o caminho se eleva pouco a pouco sobre uma garganta estreita que separa duas altas montanhas cobertas de matas. Até então poucas florestas virgens tinha visto de verde tão escuro e vegetação tão vigorosa. As árvores, comprimidas umas contra as outras não deixam às lianas bastante ar e espaço para que se desenvolvam, sua folhagem basta enfraquece a luz do dia, e os ramos entrelaçados escondem ao viajante a vista de uma torrente que corre rugindo pelo fundo do valão. Depois de subir durante algum tempo olhei para trás: o caminho que havíamos seguido e a ravina por ele costeada se me descobriam ao olhar. Por uma ilusão de ótica bastante curiosa, uma árvore gigantesca, de caule perfeitamente ereto, parecia colocada no meio do caminho, e, isolada em uma imensa massa de verdura, dir-se-ia um rei rodeado pelo seu povo. À medida que subíamos, o ruído da torrente se enfraquecia, e o silêncio dos bosques era apenas perturbado de longe em longe pelo canto de alguns pássaros e os sons débeis que faziam ouvir pequenas espécies de cigarras. Numa depressão úmida e sombria percebi um erinus, cujas flores, dispostas em umbela e de um violeta avermelhado, pareciam com as da primavera de grandes corolas (14) Nota do Autor . Plantas que se possam classificar