tinha as marcas de antigas folhas; podia medir de três a cinco polegadas de diâmetro, e se terminava por um tufo de folhas muito longas, que, erguendo-se a princípio numa direção quase reta, curvavam-se em seguida com elegância. Palmeiras esbeltas misturavam-se aos fetos arborescentes, que tanto se lhes assemelham pelo conjunto das formas, mas se distinguem, no entanto, por serem geralmente menores, e terem a folhagem recortada. Como esses vegetais nascem nos flancos da montanha em alturas diferentes, suas folhas se achavam geralmente confundidas, e tal mistura diminuía em cada espécie o que a constância dessas formas tão pronunciadas teria de excessivamente monótono.

Aproximadamente no alto da montanha minha atenção foi atraída por um coaxado grave e repetido com intervalos. Descavalguei, e, aproximando-me de um alagadiço, vi sobre as ervas de que estava coberto uma multidão de pequenas rãs de um amarelo dourado. Não somente o charco estava cheio delas, como havia ainda grande quantidade sobre os bambus vizinhos, e mesmo sobre o tronco das árvores. Podiam ter cerca de duas polegadas de comprimento; a cabeça era alongada em forma de focinho, os olhos esbugalhavam-se de modo notável; tinham o pescoço estreito, o dorso entumecido, e o corpo muito estreitado imediatamente acima das coxas. Saltavam com extrema agilidade, e se lançavam sobre os bambus e os troncos das árvores em que subiam, em seguida, em posição vertical. Seu coaxado era absolutamente idêntico ao das rãs comuns da Europa. Quanto ao coaxar grave que me atraiu primeiro a atenção, era produzido por uma outra espécie de rãs que não pude ver de tão perto como as primeiras, por que estavam numa parte mais afastada do charco: pareceram-me maiores; seu dorso era mais achatado, o corpo menos estreitado abaixo da cabeça e acima das coxas, e, o que é curioso, nenhuma estava misturada às primeiras. Os batráquios da América