(Quem quer que sejas, — bom pastor de ovelhas, ou boa cabreira, — detém o teu rebanho e traze oferenda a esta cinza sagrada, cobre este túmulo de violetas e teu cântaro derrame sobre o mesmo os mais doces vinhos, e umedeça a terra com o leite morno).
Carta que me foi enviada, há três dias, de Belo Horizonte, me informou que o Instituto Histórico de Ouro Preto vai promover a colocação de uma placa comemorativa na Casa de Sabará onde Mestre Caetano iniciou a vida de magistério, que ele soube dignificar durante sessenta e três anos de labor honesto, fecundo e benemérito. Resolução consoladora! Homenagem merecida! Consagração oportuna!...
Rio, 6 de abril de 1936.
(Da Folha de Minas, de 12 de abril de 1936).
O ENTERRO DE MESTRE AURELIO
Rio, 25, fevereiro, 1937.
A tarde carioca estava macia, leve, e a tonalidade cor-de-rosa do ar emprestava qualquer coisa de virginal aos túmulos floridos.
Sentia-se a urgente necessidade de um Casimiro, que viesse comparar as campas a berços de anjos loiros, ou a tálamos em que repousassem as pálidas Ofélias suspirosas.
Todos nós estavamos casimirianos, mas sem a febre vesperal, e era absolutamente inegável, indisfarçável mesmo, o nosso bem-estar.