e nas páginas do livro. Erguendo bem alto a voz contra o regime centralisador opressivo, contra o tráfico ignominioso da escravatura, contra todos os prejuízos do passado; pugnando pela eleição direta, pela liberdade de cabotagem, pela abertura do Amazonas; destruindo e construindo, a um tempo, como um apóstolo fanático da civilização e do progresso, era o programa da mocidade, que ele traçava, o seu programa, isto é, o ideal de um governo sábio e forte.

Nos dez instrutivos capítulos sobre a questão da imigração, comenta e desenvolve Tavares Bastos os pontos capitais do manifesto da Sociedade Internacional de Imigração que se constituiu nesta Capital, em meados de janeiro de 1866, e de que foi ele um dos principais fundadores(1) Nota do Prefaciador.

Partidário franco da abolição do elemento servil, compreendia, entretanto, o pensador alagoano a necessidade de medidas preparatórias para a gradual substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre, despertando a imigração espontânea, facilitando aos imigrantes o seu estabelecimento no território brasileiro, protegendo-lhes os interesses morais e materiais de modo a radicá-los definitivamente nesta nova pátria. Para remover os obstáculos que contrariavam, neste particular, a prosperidade do Brasil, empenha-se o autor pela decretação de reformas liberais, que simplifiquem as condições de naturalização, favoreçam a alienação das terras públicas, estabeleçam a liberdade dos cultos, não repudiem o matrimônio civil, nem tornem por assim dizer impraticável o contrato de locação de serviços. Aborda ainda os problemas das comunicações interiores, cujo desenvolvimento pleiteia como