Natureza, doenças, medicina e remédios dos índios brasileiros (1844)

sua memória a mesma ingrata epígrafe tumular. Sem nos referirmos aos muitos manuscritos originais, sobre botânica, zoologia, corografia, etc., frisamos apenas as 16 obras inéditas de Etnografia Brasileira.

Ainda hoje, tem cabimento para aqui trasladar, estas palavras do sábio brasileiro J. Barbosa Rodrigues, expressas na dedicatória da sua excelente obra — O Muiraquitã e Os ídolos Simbólicos: "Ciência e Letras vivem entre nós ao desabrigo de proteção oficial, quais orfãzinhas a quem alimentam os óbolos escassos da caridade dos humildes; de sorte que cientista ou letrado rara vez escapa de ser sinônimo de faminto e ainda assim para significar o mártir das zoiladas de uns e da indiferença de quase todos".

A publicação de manuscritos e traduções de brasiliana é um dever nosso, que de há muito se impunha realizado. Merece aplausos a patriótica iniciativa da Companhia Editora Nacional, pela publicação de obras do valor da Rondônia e tantas e tantas outras da sua série Brasiliana.

O dr. Tobias Monteiro, em brilhante discurso, acentua essa necessidade urgente, como se deu na Bahia com as Cartas de Vilhena, a Viagem de Spix e Martius, em Recife, com as Notas Dominicais de Tollenare e no Maranhão com a Viagem ao Norte do Brasil, pelo padre Ives d'Evreux.

A este respeito, convém lembrar, mormente hoje, o patriótico projeto do embaixador brasileiro dr. José Bonifácio, apresentado na Câmara Federal, em 1916, para comemorar o centenário da Independência do Brasil.

Renovamos um apelo ao verdadeiro sentimento nacionalista do governo da Bahia, para que o Estado mande publicar os inéditos e nulificados trabalhos manuscritos do dr. Alexandre Rodrigues Ferreira. E, assim, a gloriosa

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