1870. Como uma das principais causas do atraso da instrução secundária, diz o presidente José Bento da Cunha Figueiredo, assinalarei o fato da existência de um colégio acreditado nesta capital e nas duas vizinhas cidades. Os mancebos que dispõem de certos recursos preferem entrar para aqueles estabelecimentos, como alunos internos, obtendo assim maior aproveitamento e maior facilidade para os exames preparatórios, quando aspiram a instrução superior. Este inconveniente diminuiria muito se pudessem servir para a matrícula nas Faculdades os exames feitos no Liceu, e se neste estabelecimento houvesse um curso completo, findo o qual os bons alunos devessem contar com algum título ou ao menos a preferência para os cargos públicos de certa ordem. — Eleva-se a 104 o número de escolas públicas de instrução primária (64 para o sexo masculino e 40 para o feminino). Só a capital tem onze escolas. Acham-se providas as 12 cadeiras criadas em 1868. — Despendendo apenas com o ensino primário em 1835 a quantia de 13 contos (quase a mesma que hoje gasta a província de Mato Grosso), as Alagoas elevam atualmente a sua despesa com essa verba a 102:282$. — Criei a Escola normal em execução da lei de 1864 e para professor nomeei o doutor Joaquim José de Araujo e que foi a Pernambuco observar o ensino prático ali adotado e fazer aquisições dos objetos necessários para a referida Escola, instalada em junho do ano passado. Pouco mais de cinco meses de exercício puderam ter no primeiro ano os alunos da Escola e assim mesmo fizeram exame cinco, mostrando grande aproveitamento. Designei as escolas práticas, uma de cada sexo; ainda estão por começar os exercícios por falta da mobília encomendada. — Tenho permitido que alguns professores públicos frequentem a Escola, de acordo com o regulamento da instrução pública que exige que os pretendentes ao magistério primário sejam examinados em todas as matérias que constituem o curso normal. — A pedido meu o inspetor geral dos estudos organizou um quadro que compreende a população presumível de todas as