remédio". (Frei Antonio de Santa Maria Jaboatão — Novo Orbe Seráfico Brasílico — Vol. 1, p. 5 — Ed. 1858).
Não há como concluir-se de outro modo: o nome de Brasil aposto à terra quase ao mesmo tempo avistada por portugueses e espanhóis, provém da madeira brasil, gênero da nossa primeira exportação: nome dado primeiro por mercadores e contrabandistas, vulgar e vacilante até os meados do século XVI na concorrência com outros de varia procedência, consagrado pelo uso, afinal definitiva e oficialmente inscrito na nomenclatura geográfica do Novo Mundo, no apelidar uma de suas mais formosas Pátrias. Não nos preocupa neste ensaio o problema da etimologia da palavra brasil que tem feito correr rios de tinta: o assunto foi amplamente ventilado no livro de Assis Cintra O nome Brasil, no qual o ilustre escritor analisa e critica quatorze hipóteses etimológicas do vocábulo. Qualquer que seja, porém, a sua derivação — de brasa, de biracir, de verzino, de berzi, de brazi, de brezilh, de hy-barzail, de breasail, de parasil, de bradshita, de brazein, de brasile, de bras, de bress, de brasilter, de brachile, de brachium, e de quantas outras seja capaz a imaginação humana, a verdade é que o "pau de tingir panos", que os ameríndios denominavam Ibirapitanga (Alt. Ibirapitanga, Ibirapitan, Ibirapuitan, Imirapitã), ou Araboutan no dizer de Jean de Lery e que os botânicos crismaram de "Caesalpinia Echinata, se chamou desde a madrugada da exploração