Ao nosso conhecimento, Roberto Simonsen foi o primeiro, entre nós, que estudou o desenvolvimento da economia brasileira distribuída em ciclos mais ou menos sucessivos: e no seu magnífico livro, de 1500 a 1822, alinham-se os ciclos do pau-brasil, do açúcar, da pecuária, da mineração.

Afonso Arinos, no seu Curso, disse: "A economia brasileira pode ser considerada em ciclos de certa forma sucessivos, e que influem, um depois do outro, de maneira predominante, sobre a história do país. Cada um desses ciclos, por sua vez, possui um núcleo principal, uma determinada produção, que indiscutivelmente supera as outras atividades e monopoliza maiores atenções. Esses núcleos de produção econômica principal é que caracterizam os ciclos sucessivos da nossa História, e que dão, por assim dizer, configuração a essas etapas. Na ordem cronológica, do século XVI ao século XX, podemos assim dividir a História da Economia brasileira: 1 — ciclo do pau-brasil; 2 — ciclo do açúcar; 3 — ciclo do ouro; 4 — ciclo do café. Esses foram os produtos principais, os soberanos sucessivos da nossa economia".

Numa e noutra é possível que haja retoques indispensáveis: isso, porém, não lhes diminui o apreço. Acordes estão os dois ilustres professores em assinalar como primeiro ciclo da economia nacional o do pau-brasil.

A "Tese" do Congresso parece haver sido elaborada sob esse critério.