falar de uma escola de história econômica do Brasil, à frente da qual está, sem favor, Roberto Cockrane Simonsen. Segue-se-lhe Afonso Arinos de Mello Franco, professor de História de Civilização Brasileira na Universidade do Distrito Federal. Merecem recordados, nestas províncias da História Pátria, os trabalhos de Lemos Brito, Sylvio Rangel, Souza Reis, Ramalho Ortigão, Contreiras Rodrigues, Agenor de Roure, A. Taunay e tantos outros. Seja dito, e em louvor, que nenhum deles se filia ao monismo econômico da sociologia marxista: sabedores do valor dos fatores econômicos na evolução das nacionalidades, procuraram apenas fixar os primeiros rumos na trilha dessa nova categoria de indagações sobre o nosso passado.
Roberto Simonsen, de uma série de aulas dadas na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo, em 1936, como catedrático da cadeira de História Econômica do Brasil, fez obra de tal tomo que constituirá sempre o seu livro guia de quantos pretendam versar tão atraentes e complexos assuntos (História Econômica do Brasil — 1500 — 1822, São Paulo, 2 vols. 1937).
Afonso Arinos, numa série de três Conferências pronunciadas em Montevidéu (Curso de Férias — janeiro de 1938), traçou proficiente síntese da nossa evolução econômica, na qual são para salientar a clareza da linguagem, o método de exposição e a acuidade das conclusões.