Acima declarei que os autores se repetem sem analisar as fontes originais e encontrei uma prova disso em Fremy na célebre obra Encyclopedie Chimique, vol. 86, num interessante artigo de P. Charpentier que se encontra à p. 382 e publicado em 1890, sob o título: "Bois Rouges ou de Brésil" onde o autor repete, alterando um pouco, o nome da espécie intercalando um h, que a Caesalpinia Christa, que tem o nome comercial de Fernambouc, é encontrada do Brasil à Jamaica, afirmando também que a Caesalpinia echinata, "fournit les bois de Sainte-Marthe, de Nicaragua et de Lima" como se vê à p. 383.
A distribuição do verdadeiro pau-brasil, a Caesalpinia echinata, Lamarck, estende-se por uma área relativamente restrita, pois é encontrado com certeza do Estado do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte, não existindo na Amazônia, como me informou o botânico Ducke, um dos melhores conhecedores daquela região.
A espécie é mais litorânea que sertaneja, e a prova é que foi encontrada quase que imediatamente, pelos descobridores, pois sua exploração começou muito cedo, já em 1503.
A Caesalpinia echinata não é frequente nas grandes matas. Esta informação me foi fornecida por uma autoridade na matéria, o botânico G. Kuhlmann que estudou as florestas do Rio Doce, algumas ainda virgens, e onde não verificou sua presença.