Farias Brito; o homem e a obra

III

RECIFE

Para acudir às despesas que a mudança da família acarretava, não hesitou D. Eugênia em desfazer-se das últimas pequeninas joias de ouro que ainda lhe restavam na sua extrema pobreza. Na auréola que hoje nimba a fronte do pensador austero e admirável são por ventura os mais límpidos os reflexos desse modesto ouro materno.

No Recife, para manter-se a si e aos seus, Marcolino José de Brito procurou emprego, por ínfimo que fosse. Não tardou muito a oportunidade: havendo chegado em janeiro de 1881, pouco depois vagava o cargo de porteiro do Ginásio Pernambucano e o regedor interino desse estabelecimento provincial, o padre Dr. João Augusto da Frota, cearense, nomeou o pai de Raimundo para as funções obscuras, não porém desprezíveis, que asseguravam a manutenção do lar predestinado.

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