Faltando-lhes perfeição de técnica não tocam, como é evidente, à vulgaridade.
É de notar que dos temas são em pequeno número os de amor, revelando a preocupação social, sensível ao sofrimento humano universal, aos dois grandes acontecimentos trágicos da história — o Calvário e a Revolução Francesa, a escravidão e os ideais republicanos, nas questões brasileiras. Mas, se não são dominantes, não ficaram ausentes os versos de amor, com certa originalidade. Conforme observou Carlos Süssekind de Mendonça, as suas amadas não são mulheres vulgares, são antes ibsenianas.
Mas a fonte maior de inspiração de seus versos é, repita-se, a dos temas sociais. Só os grandes acontecimentos humanos e patrióticos, as suas crenças liberais, o seu horror à sorte do oprimido, do escravo, do sofredor, arrancam-lhe brados épicos.
Depois de uma aula de Teófilo das Neves Leão, grande mestre, ele escreve uma série de sonetos sobre a Revolução francesa.
A democracia merece-lhe alguns versos incendidos assim como a República, ideal de sua geração, que passa pelas Ondas, desde a figura de Tiradentes até o "Eu sou republicano" em estrofes rubras.
O exame dos versos seus que se salvaram permite justificar os assertos expendidos.