A glória de Euclides da Cunha

sobre a região. Os três meses passados em Manaus, a aguardar as instruções para a expedição, consagrou-os ao exame de tudo quanto havia na Biblioteca do Estado e na Diretoria de Terras. A sua visão direta dos fatos, como a colheita dos documentos, se exerceu com as mesmas reservas com que elaborou os Sertões e que ele justifica, com a citação de Tucídides, na nota à 3ª edição d'Os Sertões.

Por consequência, o fato de ter colhido informes de Plácido de Castro, que via apaixonadamente a região, de cuja incorporação à pátria brasileira foi o principal fator, não o obrigava a aceitá-las integralmente.

Resta o propósito de esconder o nome do reconquistador do Acre. Mas ainda aí há maldade e má-fé.

Se tivesse Euclides feito a História do Acre, ou mesmo da Conquista da Amazônia, a omissão não se justificaria.

O que ele escreveu sobre a região foi o seguinte:

Os artigos: Entre o Madeira e o Javari, Contra os Caucheros, antes da viagem, publicados em jornais e recolhidos a Contrastes e Confrontos.

Entrevista do Jornal do Comércio em setembro de 1905.

Artigos publicados no Jornal do Comércio, mais tarde reunidos no volume póstumo À Margem da História, em que toda a primeira parte, sob o título "Terra sem história" se refere à Amazônia.

A glória de Euclides da Cunha - Página 195 - Thumb Visualização
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