Periódico bimensal, apareceu nos primeiros meses de 1884, com colaboração frequente de Euclides em prosa e verso.
Aí se encontram os seus mais remotos fragmentos em prosa, como a crônica vibrante sobre a abolição no Ceará; mas, em verso, a produção é mais abundante.
Guarda-se no "Arquivo" do Grêmio Euclides da Cunha, como depositário, um precioso caderno de capa de couro, com o título de Ondas, só de versos, datado de 1883.
São 84 poesias, escritas quase dia a dia, por onde é possível acompanhar as imagens sucessivas dos seus sentimentos.
Termina o volume com o Último Canto, reproduzido mais tarde bastante modificado com o título "Fazendo versos", onde há estes finais:
"Não tenho ainda vinte anos
E sou um velho poeta. A dor e os desenganos
Sagraram-me mui cedo. A minha juventude
É como uma manhã de Londres, fria e rude
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Já vês, portanto, em mim, isto de versejar.
É um meio de sofrer e um meio de gozar
E nada mais, palavra!
Eu nunca li Castilho
Detesto francamente estes mestres cruéis,
Que atropelam a ideia entre "quebrados pés"
E vestem com um soneto, esplêndido, sem erro,
Um pensamento torto, encarquilhado e perro