e desajeitado para aquilo que não fosse imperativo de dever.
Enquanto Rondon, por exemplo, seu vizinho de mesa, absorvia-se nos "algebrismos", conforme sua própria expressão, Euclides da Cunha lia e fazia simplesmente versos.
O escritor que mais tarde ficaria ímpar nas nossas letras pela estrutura científica da sua obra, no curso de ciências, cuidava de poesia...
Obtém, entretanto, sempre boas notas, em todos os anos.
Em agosto de 1886 funda-se a Sociedade Literária da Família Acadêmica, sucessora do Clube Acadêmico de 1879 e este por sua vez da Sociedade Fênix Literária de 1878.
Na Revista da Família Acadêmica, a colaboração euclidiana é frequente, mas principalmente em versos, a maioria do volume das Ondas. As ideias dominantes eram as da filosofia positiva de Augusto Comte, havendo alguns dissidentes, que liam Spencer, entre os quais se incluía Euclides.
A base científica da cultura que lhe deu a Escola Militar salvou-o de ficar apenas na literatura, sem apoio objetivo, sem lastro de ideias, como tantas outras inteligências nossas.
Na gênese de sua formação mental a componente científica é decerto dominante, mas a literária é pouco menor. Os seus cadernos de notas desta época delatam-no expressivamente: apontamentos