no ar. Alguma coisa deve ser, como o fenômeno da pororoca, no Amazonas e da coluna líquida que, na antiga praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, se elevava à tarde no semicírculo em que então era feita aí a pequena enseada, ereta e imponente, para desmoronar-se logo num estouro, deliciando aos transeuntes da praia.

Na primeira edição deste livro publicamos uma esplêndida vista panorâmica dos Saltos Guaíra, como também das cachoeiras do Iguaçu, fotografias devidas ao nosso distinto conterrâneo Aristides de Oliveira, que muito de perto admirou os portentos naturais daquela região. Foi dele ainda, entre outras, a fotografia do ponto onde se defrontam as três costas limítrofes, e que é uma paisagem de singular beleza, além do valor geográfico.

E com tais elementos, cumulados de testemunhos e dados, narrações descritivas e históricas, procuramos pôr em evidência, em flagrante relevo, o quanto possa o vigor de expressão que nos é dado ter, aquela suntuosa potencial de águas que há séculos marulha e freme nos paredões de basalto, guardando para a curiosa evocação