Primeiras linhas
Em agosto de 1910, a convite de Nestor Victor que reunira brilhante grupo de intelectuais para uma série de conferências públicas na Capital do Brasil e em que havia propósito de serem versados assuntos de real importância literária ou não, apresentei-me ao público, no Salão da Associação dos Empregados no Comércio, onde também se fizeram ouvir aquele grande espírito de poeta e pensador, e mais José Vieira, Colatino Barroso, J. Brito e Ernesto de Oliveira. Tomou a série de conferências o nome de Sábados literários, e em cada sábado Nestor Victor publicava no "País", o grande órgão da imprensa carioca, extensa nota sobre o orador do dia.
O meu assunto foram os Saltos do Iguaçu, do longínquo pouso brasileiro, que era ainda a Colônia Militar da Foz do Iguaçu, hoje a cidade de Iguaçu. Árido assunto, parecia falto de elementos estéticos, julgava-se, para entreter um auditório seleto por uma hora ou mais.
Feliz, entretanto, foi o orador ao ver que o assunto grangeara aplausos, fizera o auditório vibrar na percepção de alguma cousa de novo, ao ouvi-lo. E novidade havia realmente para quase o total daquela assistência: era a revelação das maravilhas do Iguaçu e das Sete Quedas, cachoeiras imponentes