Do Guaíra aos saltos do Iguaçu

tormentos e dificuldades, como nunca sonhara, talvez, a ambição de poderio com que andavam organizando os seus impérios em terras da América:

"Ali (à margem do Paraná, junto ao salto) pousou a gente toda que saiu das jangadas e das canoas. Por causa da grande altura de onde a água se precipitava, não se quisera que por ali passasse canoa alguma. Não obstante sempre fizemos a experiência de atirar trezentas canoas que estavam vazias, na esperança de que algumas se salvassem e pudessem servir-nos depois para reembarcar-nos abaixo da cascata. Mas as canoas todas se espatifaram. Por esse motivo deixamos as outras canoas e caminhamos por terra.

Mulheres e raparigas, homens e rapazes, levavam as suas cargas, as suas coisas miúdas, cada um segundo as suas forças. Coisas destinadas à adoração de Deus, as violas, rabecas, flautas, trombetas, e outras coisas pertencentes à música deixaram-nas à toa, pois era muito difícil levá-las por não haver burros, nem cavalos, nem bois para nos ajudarem. Dentro de oito dias chegamos ao rio, no lugar onde cuidávamos que embarcaríamos de novo, supondo que os padres residentes para baixo

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