as maiores do mundo e nossas, e dentro do Brasil que só tem ouvido falar mais comumente na de Paulo Afonso; e nas fronteiras do Paraná, o pequeno Estado sulista.
E não era que o orador fosse o Pedro Alvares desse novo mundo de encanto e de assombro, era apenas um dos que vieram contar maravilhados a beleza de que puderam ser espectadores naquela enorme distância, de áspera jornada, onde clamam em abandono as cachoeiras magníficas, mau grado pioneiros ou poetas, que ao estudo apaixonado e longo daquelas regiões deram bons anos de trabalho, levados pela noção do dever ou pelo encanto da beleza natural.
É que para termos o novo, como ansiava Baudelaire, basta perscrutarmos com amor e decisão a grandeza do Brasil.
No dia seguinte o jornal A Imprensa, onde pontificava a pena de Alcindo Guanabara, publicava um resumo da conferência, e a Notícia em crônica diária, entre outras fidalgas referências: "Foi uma conferência muito interessante a do Sr. Silveira Netto, embora o tema não prometesse. Não prometia — é bom acentuar — para os que não conheciam as famosas cachoeiras, mas o poeta que as viu e que as sentiu em toda a sua grandiosa beleza, soube transmitir à assistência toda a impressão de grandeza e de belo, de que ficou possuído."
A Gazeta da Tarde acrescentava: "Foi o panteísta que, depois de contemplar e cantar magnificamente a natureza maravilhosa de sua terra, julgou que seu povo deve não só amá-la como uma incompáravel beleza, mas usar os grandes recursos que ela oferece ao progresso".