Vendo acolhidas sob tão lisonjeiros auspícios pelo público as minhas impressões daquela região feraz e linda, resolvi-me a desenvolver melhor o trabalho feito e prepará-lo para a publicação em volume.

Antes de tal conseguir me foi dado apresentar novamente em público esse estudo, a 11 de julho de 1912, mas dessa vez em Curitiba, a formosa Capital do Paraná; e sob duas elevadas e simpáticas vantagens: a confêrencia fora ilustrada com projeções luminosas de quarenta vistas fotográficas apanhadas pelo engenheiro patrício Aristides de Oliveira, que por lá deliciara também os olhos admirados ante a magnificência natural do recanto brasileiro, fixando na placa fotográfica aspectos e modalidades da região. A outra vantagem e de rara grandeza moral era que o produto colhido seria em prol do levantamento da estátua em Curitiba ao extraordinário Chanceler Barão do Rio Branco, vitorioso negociador da questão das Missões com a República Argentina. Fizera-se este festival sob os auspícios do Presidente do Paraná, Dr. Carlos Cavalcanti de Albuquerque, organizado pelo heroico João Gualberto de Sá, então presidente da Comissão glorificadora de Rio Branco, e mais tarde sacrificado pela sanha dos fanáticos de Irani, a quem fora combater como coronel comandante da força pública do Estado.

Ampliadas com vasto número de detalhes foram tais conferências impressas em volume por conta do Governo Paranaense, do qual chefiava a pasta da Agricultura o notável cientista conterrâneo Dr. Ernesto Luiz de Oliveira, que promoveu tal publicação. É a gênese do livro.