Capitais e grandeza nacional

capitão-mor foi certamente Duarte Coelho. Mas pouco ou nada teria feito se não trouxesse para cá um sistema de administração compatível com a civilização que se vinha fundar". (107)Nota do Autor Hoje voltamos a este tema, que encerra um método particularmente fecundo no que diz respeito à interpretação dos nossos fatos econômicos e sociais, método que contrapomos ao impressionista, fenomenista, ou romântico, que vem caracterizando os estudos dessa natureza ultimamente aparecidos no Brasil.

De acordo com estas ideias, pretendemos que os resultados obtidos no período colonial e imperial, em matéria econômica (resultados de que se verá páginas adiante, em síntese, o esboço formidável) derivam das ideias e instituições que estruturavam a sociedade brasileira desses dois períodos. Ideias e instituições dirigidas num sentido eminentemente construtivo, caracteristicamente patrimonial.

Ideias constroem, ideias destroem. No Brasil colonial e imperial construíram: graças a elas progredimos, graças a elas conseguiu a nossa economia o alto rendimento de que nos falam as cifras referentes à produção brasileira desses dois períodos, graças a elas pôde o Brasil adquirir os contornos geográficos que ainda hoje constituem o nosso principal orgulho de nação. Alberto Torres — que ao lado de alguns clarões geniais sucumbiu também a grandes erros, alguns mesmo imperdoáveis — afirmou: "Não há combinações jurídicas capazes de evitar o esboroamento da riqueza, quando os indivíduos não tenham sido preparados

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