com a independência do país, só porque encarnam uma ordem de fundo ou de origem católica. Ora, Victor Vianna, lançando uma doutrina hoje em plena circulação — a da diferenciação da produção — achava que essas proibições eram até vantajosas: "Não devemos amaldiçoar — dizia ele — essa aplicação violenta do mercantilismo, como é de estilo em todos os países americanos. Havia uma lógica em todo o procedimento dos dirigentes e a nossa prosperidade foi assim muito pronunciada. Se começássemos concorrendo com a produção europeia, não poderíamos ter progredido como progredimos". (169) Nota do Autor Aquela lógica era a mesma que levava a metrópole inglesa a proibir que se fabricassem nas suas colonial do Norte coisas como pregos (170)Nota do Autor e açúcar refinado. (Refinarias de açúcar só em Londres!). (171) Nota do Autor A mesma — assinale-se isto — que leva o atual governo do Brasil a proibir que certos Estados do Sul fundem indústria e montem usinas de açúcar. Indústria perfeitamente viável neles, mas incompatível com os interesses de regiões não só tradicionalmente açucareiras, mas que durante muito tempo no futuro, dependerão do açúcar, como do seu produto de base.
Não nos afastamos da linha de considerações traçadas para este capítulo. Os monopólios não só não afetaram esta ordem individualista sobre que repousou, a nosso ver, a economia colonial, como serviu-lhe até de apoio. De trampolim. E por consequência não afetou também o processo de formação da nossa fortuna pública e privada. Adam Smith, partindo da barateza