depois da descoberta e graças ao ouro, que é precipuamente capital, é que às reservas da economia da Colônia se pode aplicar essa denominação". (178) Nota do Autor Partindo dessas razões, Contreiras Rodrigues apresenta o seguinte esquema do desenvolvimento da economia brasileira nos três séculos do período colonial: o primeiro teria sido o período da exploração do terreno; o segundo, o da conquista do braço, com o preamento do índio; o do "embrião do capital"; o terceiro, o da formação de reservas em numerário, o período em que se pode falar em capital. (179) Nota do Autor O próprio Oliveira Vianna parece também sucumbir a este pessimismo, ao se referir à economia do século I, conclusão a que chegou pela má distribuição da fortuna nesse período: uma população de três mil famílias, na Bahia, para 76 senhores de engenho, ou sete mil moradores em Pernambuco para 60 senhores. "Daí — conclui — essa impressionante desproporção, que observamos nos primeiros séculos coloniais, entre a massa da população e o número de senhores de engenho. É assim que na capitania de Ilhéus há, no I século, para cerca de 500 moradores apenas dois engenhos. Na da Bahia, para uma população de quase três mil famílias há na mesma época apenas 76 engenhos e na de Pernambuco de dois mil moradores contam-se apenas 60 engenhos". (180)Nota do Autor
Para corroborar essas conclusões militariam, aliás, as condições de ordem financeira em que se apoiou a obra colonizadora: como se sabe, a metrópole fundou a sua política de expansão ultramarina quase que exclusivamente