Capitais e grandeza nacional

no esforço, no poder de iniciativa e nos recursos dos donatários, dela se podendo dizer o que já se disse da espanhola: "Eso daban los reys: papel y palabras buenas. El pueblo ponia o que era necessario: genio y valor". (181) Nota do Autor Como os reis espanhóis, os lusitanos davam de bom grado as cartas de doações e os forais (papel e palavras excelentes). Os donatários, sesmeiros, artífices e soldados o resto: a imaginação criadora, o esforço, a audácia, o suor, os capitais. Certo esses recursos individuais dos donatários, contra a opinião de alguns, eram mais que importantes. Do ponto de vista de empreendimentos, mais de acordo com uma escala ou dimensão privada, representavam cifras de imprimir respeito: segundo os dados de Simonsen, o capital investido, em média, por cada um deles, elevava-se aproximadamente, em poder aquisitivo de 1937, (182)Nota do Autor à importância de Rs. 15:000:000$: produto da venda dos solares, quintas e herdades em que tinham aplicado os cabedais adquiridos na Ásia e África. Sem embargo, isso ainda devia ser pouco em relação ao sorvedouro que devia ser a empresa pois o nosso Duarte Coelho em carta a D. João III podia dizer:

"E porque pera cousas de tanta ymportancia é mester muito grandes gastos e eu estou muito gastado o yndividado e não poder sofrer tanta gente de soldo como até quy sofry..." E noutra ocasião: "... mas quem, Senhor, terá tamto dinheiro para polvora e pylouros artelharia e armas e as outras cousas necessaryas?". (183)Nota do Autor

Basta aliás considerar os enormes gastos com os recontros com o gentio — recontros que pela violência

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