cultivá-la, a adubá-la; é o que se vê da seguinte passagem:
"E porquanto alguas pessoas leixam perder seus olivaes, e colher a mato por os nom quererem adubar, nem roçar, e por lhos nom pedirem de Sesmaria, escavam ou cortam alguas oliveiras, e nom querem roçar os matos; e outros que tem terras pera dar pam as leixam encher de grandes matos e foreraes, e por lhos nom pedirem lavram hum pedaço da terra, e leixam toda a outra. E outro si alguns que tem vinhas as leixam perder, e tornar em pousios, e adubam huas poucas de cepa em huu cabo, e outras em outro, e aleguam que as aproveitam; e querendo Nós a esto prover, porque as terras sejam lavradas, e os outros bens aproveitados, Mandamos que os donos dos Tais bens sejam requeridos, e lhes seja assinado termo, a que adubem os ditos olivaes, e vinhas, e as terras lavrem, e sameem as folhas, segundo custume da terra; e se o assi nam fezerem passado o dito termo as dem de Sesmarias". (188)Nota do Autor
Contreiras Rodrigues também parece-nos subestimar excessivamente o esforço dos primeiros colonizadores, só admitindo a existência de capitais - capitais no sentido de reservas acumuladas — no século II, com as minas, o que chama a "eclosão da terra brasileira em ouro". (189) Nota do Autor As conclusões do sociólogo gaúcho assentam, segundo nos parece, em três ordens de considerações: a) na pobreza dos testamentos paulistas; b) na inexistência do hábito da poupança, entre a população, isso tanto no primeiro como no segundo séculos, "em que o pé de meia era escoado em despesas suntuárias"; e c) na ausência de numerário e riquezas