já estava Deodoro maduro para a revolução. Esta rebentou ao tentar o visconde de Ouro Preto fazer embarcarem para o norte os batalhões duvidosos. Deodoro desejava apenas derrubar um ministério hostil; era contra Ouro Preto e não contra a monarquia. Mas não levava em consideração seus aliados, os republicanos.
No início do movimento, ao recusarem embarcar as tropas, com o apoio dos alunos das escolas Naval e Militar, todos conquistados salvo algumas exceções, Ouro Preto telegrafou ao Imperador, que se achava em Petrópolis, a duas horas e meia do Rio de Janeiro. A comunicação foi interceptada pelo médico do Imperador, senhor Mota Maia, cujo papel nesses acontecimentos é julgado com severidade. Desde a grave doença do Imperador, em Aix, conquistara o senhor Mota Maia um lugar importante no espírito e na vida do soberano; a pretexto de poupar a saúde de seu augusto paciente intervinha ele nos negócios do Estado. Quando a notícia chegou ao Imperador era tarde demais. D. Pedro desceu ao Rio imediatamente. Deodoro tentou então comunicar-se com ele na esperança de obter a demissão do ministério e talvez de salvar o Imperador de uma catástrofe. Dessa feita, porém, outros que não o senhor Mota Maia intervieram; o Imperador ficou de quarentena, tal qual em Buenos Aires