Em 20 de julho de 1754, o vigário de N. S. da Conceição dos Carijós, padre Simão Caetano de Morais Barreto, foi à capela de São Caetano do Paraopeba e batizou Manuel, filho legítimo do capitão Manuel Rodrigues da Costa e de dona Joana Teresa de Jesus, moradores da freguesia de Borda do Campo, na capela da Ibitipoca; neto paterno de Miguel Rodrigues da Costa e Inácia Pires, naturais da freguesia de São Miguel das Marinhas, do arcebispado de Braga, e, pelo lado materno, de José da Costa de Oliveira, natural da freguesia de São Vítor, da cidade de Braga, e Leonor Pereira de Jesus, natural da mesma freguesia de Carijós, filha do sargento-mor Alexandre Pereira de Araújo, natural de São Salvador de Braga, e Maria Josefa de Jesus, natural da freguesia de Corpo Santo, da cidade de Pernambuco. Foram padrinhos José da Costa de Oliveira e Leonor Pereira de Jesus.

Acrescentamos os nomes dos avós maternos, tirados de outros registros.

De Ibitipoca à capela de São Caetano a distância deveria ser de trinta léguas ou mais; pois, naqueles tempos, os caminhos eram péssimos e sinuosos.

Para que se conduzisse uma criança recém-nascida, naturalmente separada de sua mãe, isso só deveria fazer-se em circunstâncias especiais, e, no teor do registro, nada foi mencionado, senão que se batizou solenemente.

Era hábito comum (e até hoje o é) que as mulheres, quando estavam para dar à luz o primeiro filho, especialmente, fossem para a casa dos pais. Nessa ocasião, talvez isso haja acontecido.

Cumpre-nos esclarecer, ainda mais, que o capitão Manuel da Costa, depois de casado, morou em companhia de seu sogro, tendo tropa que conduzia cargas do Rio de Janeiro para as Minas.

Estabeleceu-se, mais tarde, com casa de negócios de fazendas e outros artigos, no Registro Velho da Borda do Campo, onde morou e faleceu, aos 94 anos de idade, o cônego Manuel Rodrigues da Costa.

Miguel Rodrigues da Costa, avô paterno do cônego Manuel Rodrigues da Costa, em 1798, requereu e obteve carta de