sesmaria de meia légua em quadra, forma legal, na paragem de Boa Vista, aplicação de lbitipoca, termo da Vila de Barbacena, terras hoje sujeitas à municipalidade de Lima Duarte. De seu tio, padre Fabiano da Costa Pereira, que foi vigário de Guaranhuns, Pernambuco, temos uma carta, escrita de Lisboa, em 1801, a seu irmão João da Costa Pereira, na qual diz: "haver chegado em Lisboa no ano passado, onde achei o nosso sobrinho Padre Manuel Rodrigo da Costa, com quem assisto no Convento de São Francisco da... tratam da sua soltura, que julgo será breve, querendo Deus pretendo passar com ele à cidade do Rio de Janeiro: aí estabelecer-me ou nessas Minas, onde melhor me agradar; pois de Pernambuco larguei..."
Agora cumpre registrar aqui uma lamentável realidade.
A fazenda do Lençol, solar de importantes e honrosas tradições, onde D. Pedro I, em uma de suas viagens a Minas, se hospedou, e então pertencia à família Baeta Neves, hoje já não existe.
Foi demolida e as pedras empregadas no leito da Estrada de Ferro Central do Brasil, numa variante recém-construída.
Desapareceu também a capela de São Caetano, erigida pelo padre Caetano da Costa Pereira, tio do inconfidente padre Manuel Rodrigo da Costa, em 1728, mais ou menos.
Situava-se à margem direita do rio Paraopeba, próxima à ponte do Caminho Novo para as Minas. Da fazenda do Lençol ficava afastado cerca de cinco quilômetros, e separada apenas alguns metros da primitiva fazenda do Paraopeba.
O padre Anastácio Francisco Vieira, que teve existência muito irregular, em 1800 comprou essa fazenda e alcançou carta de sesmaria de outras terras, constituindo grande fortuna, para a época.
Sentindo que o templo sagrado o incomodava, fez com que a capela fosse mudada para o atual povoado de São Caetano de Paraopeba, distante do primitivo local cerca de seis quilômetros, e, na antiga situação, foi erigido um cruzeiro, que, faz pouco, foi transferido para o arraial de Queluzito, antigo Santo Amaro.