Em 1807, voltava novamente o capitão Luís Rodrigues Milagres a exercer as altas funções de juiz ordinário e de órfãos, em substituição ao capitão Miguel Francisco Vieira Filho e tenente João Francisco Vieira, que foram excluídos dos cargos. Uma vida de desonestidade marcara a reputação de tais homens e o governador da província, Pedro Xavier de Ataíde e Melo, não trepidou na punição.
Fazia-se mister um homem de duro pulso e de caráter ilibado.
Luís Rodrigues Milagres foi chamado a servir à causa pública. Investido das funções, não desmereceu a confiança que nele se depositava.
O governador, em ofício registrado nos anais da Câmara, lhe realça as virtudes cívicas e o alto conceito de que desfruta como administrador. Casado com dona Antônia Angélica, não deixou filhos.
O segundo dos filhos do casal foi o capitão José Rodrigues Milagres, fazendeiro em Lamim.
Seguem-se o bacharel Rodrigues Milagres, formado pela Universidade de Coimbra, que, com seu irmão Joaquim Rodrigues Milagres, em 1778, havia feito o processo de habilitação de genere no Seminário de Mariana, sendo ambos admitidos a fazer provas.
O bacharel Joaquim Rodrigues Milagres é o terceiro dos filhos. A seguir, nasceu o padre Caetano Rodrigues Milagres.
As mulheres são as mais jovens. Dona Maria da Assunção, casada com o capitão João da Costa Vieira; dona Teresa Maria de Jesus, casada com o guarda-mor José Nunes de Carvalho; Luísa Rodrigues de Jesus, que não se casou, e foi herdeira de seu irmão mais velho, o capitão Luís Rodrigues Milagres, e, finalmente, Quitéria Maria de Jesus e Eufrásia Maria de Jesus completavam a numerosa prole de Luís Rodrigues Milagres e D. Eufrásia de Jesus.
A mais jovem das filhas, a que recebeu o nome da progenitora, viria a casar-se mais tarde com Felisberto da Costa Pereira, de cujo consórcio nasceria o nono filho, o Barão de Pouso Alegre, pai de Lafayette Rodrigues Pereira.