Cartas ao irmão

FELISBERTO DA COSTA PEREIRA

Sendo o caçula de José da Costa de Oliveira, casou-se com a caçula de Luís Rodrigues Milagres, e passaram a residir na fazenda dos Macacos. Na organização administrativa da vila de Queluz, o tenente Felisberto da Costa Pereira teve destacada atuação.

Ocupou diversos cargos públicos, inclusive o de presidente da Câmara, em 1789. Faleceu em 1811, deixando os filhos:

1º) Padre Felisberto Rodrigues Milagres, ordenado em Mariana no ano de 1811; tendo sido coadjutor em Queluz, capelão no Glória, hoje Caranaíba, e vigário durante muitos anos na cidade de Prados.

2º) Luísa, que se casou com João Jácomo da Silva.

3º) Padre Francisco Pereira de Assis, que, por ato do Governo, em 1825, foi nomeado capelão do Segundo Regimento de Cavalaria de Milícias, da comarca de Ouro Preto. Em 1833, era ele vereador à Câmara Municipal de Queluz, quando Bernardo de Vasconcelos foi deposto da presidência da Província, em Ouro Preto, e, preso, foi mandado para o Rio de Janeiro. Quando a escolta que o conduzia chegou à cidade de Queluz, um brado de revolta ecoou no seio da população, ante o ato da prepotência militar.

Bernardo de Vasconcelos foi libertado. A Câmara Municipal reuniu-se, com a assistência popular, e o padre Francisco Pereira de Assis lançou uma proclamação, que consta em ata, deflagrando a contrarrevolução.

Seu irmão, o capitão José Rodrigues Pereira, foi incumbido de levar a notícia oficial à Corte, e Bernardo de Vasconcelos seguiu depois para São João del Rei, preparando a resistência, que logo foi vitoriosa.

Na revolução liberal de 1842, o padre Francisco Pereira de Assis, ao lado de seus irmãos, tomou parte saliente, sendo em 1843 processado e julgado como chefe de rebelião, não apresentando defesa. Mas foi absolvido.

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