"Meu filho
A maldita intriga que nos devorava passou. Há contentamento, paz e alegria.
Saíste eleitor; não deves faltar ao colégio.
Pelo que calculo e promessas que tenho creio que poucos votos o Lafayette perderá neste colégio, o que é para nós uma glória.
Joaquim Baeta prometeu-me o voto, e seus imãos José e Manuel empenham-se a favor. Tudo corre bem.
No dia em que acabou a eleição fizeram um baile; fui convidado para ele por Joaquim Baeta e outros; não fui por causa da chuva.
Traga o menino.
Saudamos Isabelinha.
Todos estão bons.
Queluz, 14 de outubro de 1876.
Teu pai amante
Antônio."
Em uma das cartas do conselheiro Lafayette a seu irmão Washington, acima publicada, ele se refere a esse acordo político, condenando-o. Patenteia, assim, a sua intransigência partidária, a fidelidade aos compromissos assumidos. Mas compreende-se que seu pai, procedendo como procedeu, além do interesse público de sua terra, foi levado pelo desejo de cooperar para a vitória glorificadora do filho, nas eleições que se realizaram e nas quais Lafayette obteve expressiva votação.
Cumpre salientar, ainda, que duas vezes, somente, Lafayette foi candidato ao cargo eletivo de deputado, e só na última conseguiu ser eleito.
Antônio Rodrigues Pereira foi agraciado com o título de barão em 15 de junho de 1881, e faleceu em 22 de dezembro de 1883, sendo sepultado dentro da Matriz de Queluz, na mesma sepultura onde foram guardados os restos mortais de sua esposa, a Baronesa de Pouso Alegre, falecida em 26 de outubro de 1895.