de Tácito, Virgílio, Plauto e tantos outros, que lhe foram o pão do espírito e companheiros inseparáveis no fim da vida.
Antônio Rodrigues Pereira bem sabia que o homem inculto, embora muito deseje, nem sempre pode o que quer. Era preciso garantir aos meninos os estudos indispensáveis, para que, munidos de conhecimentos sólidos, se entregassem às lutas e pudessem servir ao país.
Somente as ponderações de D. Clara puderam reter em casa, na fazenda dos Macacos, Washington, pelo tempo necessário para que Lafayette, completando seus 11 anos, pudesse também iniciar os estudos, sem que se separassem os meninos. Não seria humano privá-los um do outro, assim, uma vez que, companheiros de todas as horas, podiam encetar juntos os estudos em que, mutuamente, por certo, poderiam ajudar-se.
Nem Lafayette, mais introvertido que o irmão, iria sentir nas terras da fazenda as saudades do outro, nem Washington seria, sem necessidade, mandado para Congonhas ou para outro lugar.
Condescendeu o pai no que, de resto, lhe pareceu justo.
É o mesmo livro de apontamentos que diz, pela mão do pai:
"13 de novembro de 1845. O Washington e o Lafayette foram para o Colégio de Congonhas e principiarão a gramática a 2 de fevereiro de 1846.
No mesmo dia remeti para pagar o Colégio 72$000."
Os estudos foram iniciados em 2 de fevereiro de 1846, mas o pai não queria que os filhos tardassem. Partiram quase quatro meses antes, para uma rigorosa verificação dos assuntos já em casa aprendidos, a fim de se familiarizarem com o colégio e com os mestres, e, finalmente, madrugarem na tarefa de aprender.
Nem Washington tinha completado os 14 anos, nem Lafayette havia feito 12, quando travaram contato com os preceitos da gramática, no Colégio de Matozinhos.
Sua permanência ali foi breve. Nada se conhece das razões que em agosto de 1846 fizeram com que o pai os transferisse de Congonhas para Prados.