das pernas traseiras; e, enquanto ambos puxam os laços em sentido contrário, um terceiro vaqueiro tomba o animal, puxando-lhe a cauda para baixo. Deitado o touro de flanco, ligam-lhe as pernas traseiras, colocam-lhe a cauda debaixo das coxas, passam em torno dos chifres o laço que lhe prende as pernas, aproximam estas da cabeça, de modo que os testículos fiquem por fora das coxas; finalmente, por cima delas prendem os escrotos a um pedaço de madeira de cerca de quatro pés de comprimento, apoiado ao solo. Terminados esses preparativos, um vaqueiro desfere fortes pauladas sobre a parte dos escrotos presa ao pedaço de madeira. Por esse meio, destroem os vasos espermáticos e, finda a operação, desamarram o boi que se vai juntar aos outros. Dizem os criadores que preferem esse método porque a ablação frequentemente ocasiona feridas e bicheiras difíceis de curar. Durante a castração, alguns touros soltam mugidos horrendos; a maior parte, porém, suporta a dolorosa operação com maravilhosa serenidade. Asseguraram-me que, com esse método, vão os testículos diminuindo de volume, pouco a pouco, e acabam por desaparecer quase completamente. (13) Nota do Autor
Também criam cavalos nos Campos Gerais. O meu excelente hospedeiro de Jaguariaíba, coronel Luciano Carneiro, além de bovinos, possuía oitocentas mulas e comprava no Sul cavalos chucros, que revendia com lucro, depois de domá-los. Tive oportunidade de ver porém em prática o meio adotado para conseguirem esse fim, e vou descrevê-lo. Logo que o negro domador montara um dos cavalos chucros, passaram os outros animais de um