como antecipadamente vencido. É talvez porque o rio tem cachoeiras que se povoa, e não, apesar de tê-las. A dificuldade em nada interrompe a vida; apenas faz esta mais intensa.
Vamos com cento e sessenta e seis cartas para os moradores do interior! Cada canoa que passa à nossa frente conduz um correio mais ou menos importante.
Logo que se deixa Lauritânia aparece Maranhãozinho. A cachoeira é dividida longitudinalmente em duas partes pela grande ilha do Tacuará. Na margem esquerda é o grande braço do rio, com uma cachoeira não muito impetuosa, mas que possui rebojos arriscados. Na direita, uma ilha bastante grande, que divide o braço oriental do rio em dois canais: o canal Novo e o canal Grande, cada um com três travessões. Por fim há o furo do Pucú, que vai sair em face de Bela Vista, e que mesmo com as águas grandes não dá senão simples correntezas, o que permite evitar, durante uma parte do ano, o maior trecho da cachoeira, aliás pouco perigosa.
Na extremidade meridional da ilha de Tacuará aparecem ainda algumas correntezas, que se podem considerar como pertencendo ao sistema do Maranhãozinho.
Imediatamente acima, o rio é como que barrado pela cadeia do Maranhão Grande: serra do Tracuá, montanha do Frechal, montanha do Maranhão Grande, montanha das Furnas, na margem esquerda; serra do Gervasio, na oposta.
O sistema do Maranhão Grande é triplo, compreendendo a queda central, espumosa e violenta,