A instrução pública e o estado de São Paulo - 1º vol.

Os ordenados iam de 400$ a 450$; o substituto vencia 200$. Escolas primárias na cidade: seis a 150$000 cada uma: quatro eram bastantes, os ordenados, porém, são muitíssimo diminutos, e estão vagas. Cadeiras na Capitania: 17 em 15 vilas e duas povoações; venciam os professores: 240$000, 300$000 e 400$000. Escolas subvencionadas pela Capitania: 21, vencendo os mestres: 80$000, 100$000, 120$000 e 150$000. O subsídio literário (fundo escolar), em 1798, era avaliado em busca "em esboço de contas informe e confuso", em 8:787$069 réis. "Isto, porém, é o que as Câmaras cobrarão e remeterão, não porém, o que rende o subsídio, pois que só o rendimento dos açougues da cidade dá quase o preciso para o pagamento dos professores que nela há, sem falar nos rendimentos da aguardente". (Luis do Santos Vilhena. Cartas de Vilhena, carta 8ª, anotadas pelo prof. Braz do Amaral, 1922).

Um plano de ensino — Em 1816 Martim Francisco Ribeiro de Andrade Machado que exercia o cargo de inspetor de minas na Capitania, traçou um plano que denominou "Necessidade de uma instrução geral e mais conforme com os deveres do homem na sociedade; influência da atual.

I. A Instrução pública é um dever do Soberano para com seus vassalos, é uma obrigação contraída no nascimento das sociedades políticas, entre o governante e os governados e que manifestamente redunda em proveito de ambos; a instrução pública igualmente espalhada por todos os membros de qualquer Estado, nivela pouco mais ou menos suas faculdades intelectuais; aumenta sem prejuízo a superioridade daqueles que a natureza dotou de uma organização mais feliz; aniquila esta dependência real, triste monopólio, que as luzes de uma classe exercitarão sobre a cega ignorância da totalidade; destrói a desigualdade que nasce da diferença de sentimentos morais;

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