Tratados da terra e gente do Brasil

Narrativa, p. 274 [continuação]

vários pássaros, cobras e outros animais, etc., os jogos são mui graciosos e desenfadadiços, nem há entre eles desavença, nem queixumes, pelejas, nem se ouvem pulhas, ou nomes ruins e desonestos.

Índios, p. 154 [continuação]

e com tanta festa e ordem que não há mais que pedir, os meninos são alegres e dados a folgar e folgam com muita quietação e amizade que entre eles não se ouvem nomes ruins, nem pulhas, nem chamarem nomes aos pais e mães, e raramente quando jogam se desconcertam, nem desavêm por causa alguma, e raramente dão uns nos outros e nem pelejam.

Parece-nos incontestável a identidade fundamental entre os extratos que demos de Narrativa epistolar de Fernão Cardim, publicada em 1547 e o tratado dos Índios que agora publicamos. Há simplesmente duas diferenças: a Narrativa foi dirigida a um amigo e nela o autor deixou seu estilo correr mais livremente, desenvolvendo certos pontos de preferência, referindo-se a objetos conhecidos pelo seu leitor; no opúsculo sobre os índios ele é mais conciso. Além disso a Narrativa tratava dos índios apenas como acidente da viagem, como adorno da paisagem; no Tratado, os índios são o objeto principal, e assim os esclarecimentos são mais condensados e encadeados uns aos outros.

Vamos dar mais dois excertos da segunda parte que o Dr. F. Mendes começou a publicar na Revista da Sociedade Geográfica. Servir-nos-emos do seu manuscrito, porém, como ainda não está todo publicado, daremos as páginas pelo IV volume de Purchas, onde a primeira e a segunda parte estão impressas, como já fica dito.

O primeiro é sobre o caju:

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