PINACUJU (p. 178)
Reportamo-nos ao que dissemos em Panacuju e Anacuju para se ver que, ainda quando se admita uma interpretação para um dado tema (cujù por exemplo) num vocábulo, logo depois aparece outro nome para o qual não serve o tema com a respectiva explicação.
Depois, quem é, e o que é que nos garante que por exemplo Panacuju, Pinacuju, Piracuju, etc., não são uma e a mesma cousa? Panacujú na nota está Raracuju, questão de erro de escrita, e o mesmo se pode dar com as outras todas.
PIRACUJU (p. 178)
Veja-se o expendido no vocábulo precedente.
PIRAGUAYGAQUIG (p. 179)
Milita o mesmo que temos dito de outros nomes que não figuram nos autores. Neste porém notaremos que em abanheenga existe o adjetivo piragua valente, porfiado, teimoso, e ainda aquy mole, frouxo, fraco; aí teremos porém piraqua-i-aquy o forte-fraco, o valente-covarde (!!!!).
Dizendo-se no texto que estes índios "vivem debaixo de pedra" ocorre-nos contudo a frase Pira-quar-i-oké em buraco ou cova de peixe ele dorme.
PIRIJU (p. 180)
Está no mesmo caso de outros nomes, que não figuram nos autores, para que faltam indicações e que podem se reportar a temas diversos, mesmo no abanheenga. Basta para isto ver-se Puri, e quanto ao sufixo veja-se yo, do qual pode ser ju alterado.
Quanto ao mais notaremos que em abanheenga pode explicar-se: 1º por pira-jyg couro rijo, admissível em tupi, porém em guarani mais usado pi-jyg; 2º por pira-jub pele amarela, porém mui usado mbi-jub, que decai para mbi-jug couro podre. Afinal notaremos que a este nome prepondo-se algumas dicções, dá ele frases como che-pyrijub que está ao pé de mim,