Tratados da terra e gente do Brasil

missão do padre Christovão de Gouvêa às partes do Brasil no anno de 83" (duas cartas). Mudando-lhe o título, o editor juntou um prólogo sem assinatura e no fim, depois de uma folha falsa com a palavra — Notas — uma Advertencia accidental, que subscreveu com a sigla V., explicando o motivo por que não fez acompanhar a publicação das anotações com que pretendia ilustrá-la, e que quase lhe duplicariam o volume.

Quando apareceu a Narrativa epistolar, dentre os que primeiro lhe louvaram as excelências, é preciso salientar o benemérito Ferdinand Denis, que, publicando Une fête brésilienne célébrée à Rouen en 1550 (Paris, 1851), em nota (p. 48-51) não regateou encômios ao "petit livre écrit dans un style charmant et que l'on doit à un missionaire jusqu'alors inconnu... le P. Fernão Cardim". A este refere-se como "doué d'un sentiment poétique, d'une rare délicatesse et qui se révèle comme à son insu dans chacune des lettres confidentielles qu'il a écrites à un supérieur, il ne tarit point sur les danses dramatiques des Indiens, sur leurs chants naïfs, sur la noble gravité de leurs harangues". E a propósito das festas e cantos dos índios, cita trechos da Narrativa, colocando o autor ao lado de Gabriel Soares.

Tempos depois, o Dr. A. J. de Mello Moraes, que tão bons serviços prestou às letras históricas no Brasil, reimprimiu integralmente a Narrativa, sob o título de Missões do padre Fernão Cardim, na chorographia historica, tomo IV, p. 417-457 (Rio de Janeiro, 1860), que corresponde à Historia dos jesuitas, do mesmo autor, tomo II, idêntica numeração de páginas (Rio de Janeiro, 1872).

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