e se negociaram muitas cousas, às quais tinha ido o padre Rodrigo de Freitas (IV), O padre visitador tratou por vezes com alguns prelados e letrados casos de muita importância sobre os cativeiros, batismos e casamentos dos índios e escravos de Guiné, de cujas resoluções se seguiu grande fruto e aumento da cristandade depois que chegamos ao Brasil. Também falou algumas vezes com el-rei, o qual com muita liberalidade lhe fez esmola de quinhentos cruzados para os padres que residem nas aldeias dos índios, e deu uma provisão para se darem ornamentos a todas as igrejas que os nossos têm nesta província, sc. frontais e vestimentas de damasco com o mais aparelhos para os altares, o que tudo importaria passante de dois mil cruzados, e por sua grande benignidade e zelo que tem da cristandade e proteção da Companhia, deu ao padre cartas em seu favor e dos índios para todos os capitães e câmaras das cidades e vilas, encomendando-lhes muito o padre e o aumento de nossa santa fé e que com ele tratassem particularmente todas as cousas pertencentes não somente ao serviço de Deus, mas também ao governo da terra e conservação deste seu estado.
Chegado o tempo da partida nos embarcamos com o Sr. governador na nau "Chagas São Francisco", em companhia de uma grande frota. Viemos bem acomodados em uma câmara grande e bem providos do necessário. Aos 5 de março de 83 levamos âncora, e com bom tempo, em nove dias arribamos à ilha da Madeira, onde fomos recebidos do padre Rodrigues, reitor, e dos mais padres e irmãos, com grande alegria e caridade. O governador, saindo em terra, se agasalhou no colégio e foi bem servido, etc. O padre visitou aquele colégio