no primeiro dia do ano, versando sua narrativa por fins do mês de setembro, deve-se ler – dia do Anjo, ou de São Miguel Arcanjo, que cai em 29 daquele mês. O padre Rodrigo de Freitas figura uma vez na edição Varnhagen e nas que se seguiram, como Rodrigo de Faria, e o índio cristão Ambrosio Pires, que ele levou a Lisboa, como Ambrosio Rodrigues. Por aquelas edições, o Colégio da Bahia tinha três cubículos, em vez de trinta; em Pernambuco, pessoa houve que mandou ao padre visitador passante de dez cruzados de carne, em vez de cinquenta; senhores de engenho da mesma capitania tinham alguns dez e mais mil cruzados de seu, em vez de quarenta e mais mil cruzados; a doação que os moradores de Santos fizeram ao visitador para a mudança da casa de São Vicente para ali, avaliou-se em quinhentos, e não em cem; a capitania de Ilhéus e do Espírito Santo substituiu-se por capital; obra por obediência e misteres por ministérios, vêm por diversas vezes; os painéis da Vida de Christo aparecem uma vez por painéis das Divindades... O tratamento que o padre atribui ao provincial de Portugal é de Reverência e não de Reverendíssima, como está. Vários saltos de palavras e de frases inteiras ocorrem e faltam também os fechos das cartas.
Na presente edição, mercê da penhorante gentileza do Dr. Paulo Prado, que para ela cedeu o seu exemplar correto, todas essas falhas foram preenchidas e emendados todos os erros, de sorte a poder sair o escrito de Cardim livre das jaças que empanavam sua luz diamantina.
Os outros tratados de Fernão Cardim – Do principio e origem dos indios do Brasil e de seus costumes