corrigindo esse autor, que dilatou a data daquela investidura para 11 de junho. Telles Barreto governou até 27 de março de 1587, quando faleceu. Para Jaboatão e Miralles a data de sua morte é 10 de agosto; mas Capistrano de Abreu – Prolegomenos citados, p. 245, opina pela primeira porque já regia a terra a junta de governo formada pelo provedor-mor Christovão de Barros e pelo bispo D. Antonio de Barreiros, quando Withrington e Lister assaltaram a Bahia, o que se passou em abril, como já vimos. De Telles Barreto, vindo governar a Bahia, diz frei Vicente do Salvador que "era de sessenta anos de idade e não só era velho nela, mas também de Portugal o velho; a todos falava por vós, ainda que fosse ao bispo, mas caía-lhe em graça, a qual não têm os velhos todos".
IV – Na comitiva do visitador vieram os padres Fernão Cardim, autor desta relação, e Rodrigo de Freitas que já estivera em Pernambuco de 1568 até fins de 1573, quando, com o Dr. Antonio de Salema, veio para a Bahia, de onde seguiu para Lisboa, levando em sua companhia o índio Ambrosio Pires (e não Rodrigues, como está na edição de Varnhagem e reedições posteriores), segundo se lê no texto. Veio também o irmão Barnabé Tello, o tocador de berimbau que antes fora secretário do padre Simão de Azevedo. A Christovão de Gouvêa acompanhou esse irmão em toda a sua visita do Brasil e com ele voltou a Portugal, sofrendo na tornada as mesmas vicissitudes. Cardim, muitas vezes, com simpatia se refere a Barnabé Tello. Na lista não se encontra o nome do irmão noviço Martinho ou Martim Vaz, que consta da Synopsis Annalium Societatis Jesu in Lusitania, do padre Augusto Franco, excertada por Antonio Henriques (Lisboa, 1874), tomo II, p. 189/252. – Sobre o padre Rodrigo de Freitas o que se sabia limitava-se à notícia supra. Documentos agora divulgados (1937) informam melhor a seu respeito. Veio para o Brasil com Thomé de Sousa, já era cavaleiro da casa real e tinha um ofício de fazenda, o de escrivão da matrícula geral. No governo de D. Duarte da Costa, com "as malícias deste tempo e a má vontade que me tem o governador e o ouvidor (Braz Fragoso), que também serve de provedor-mor", – foi preso, condenado em degredo e em dinheiro sob acusação